Dicas para montar um protocolo de avaliação neuropsicológica

Já ficou se perguntando como quais testes usar, qual melhor ordem e que deve ter no relatório? Aqui tem 5 dicas para te ajudar.

Neuropsicos que estão no início da carreira costumam ter dúvidas sobre o processo de avaliação, principalmente na seleção de instrumentos que podem auxiliar na investigação. Por isso separei cinco dicas práticas que podem te poupar tempo e energia!

  1. Faça uma boa anamnese!

Conhecer bem o processo de desenvolvimento humano ajuda para compreender e guiar as perguntas. Procure pensar como uma linha do tempo da vida do avaliado, como fases específicas (primeira e segunda infância, adolescência, jovem adulto, adulto e idoso) com nuances que podem ser essenciais para uma hipótese diagnóstica. Entenda o histórico familiar e rotina do paciente! Principalmente o momento em que as queixas aparecem e quais impactos elas geram no dia a dia.

No caso de avaliações infantojuvenil, o relato da escola além dos principais responsáveis que convivem com a criança também é de suma importância.

Parece obvio, mas não esqueça de estar bem atento a esse processo porque é ele que vai te ajudar na conclusão do relatório.

  1. Comece a testagem com avaliação da Inteligência

Por ser uma função mais complexa, os instrumentos tendem a abarcar várias funções para conseguir mensurar a inteligência. Então além de medir o raciocínio, ajuda a entender onde o paciente já tem dificuldade. No momento o Brasil possui vário instrumentos validados pelo SATEPSI que atendem quase todas as idades (exceção faixa etária acima dos 89 anos).

Dicas de testes de rastreio clique aqui

  1. Não faça testes que avaliam ou utilizam a mesma função cognitiva no mesmo dia.

Paciente pode apresentar cansaço ou pode dar interferência no resultado. Exemplos: Aplicar o Rotas de Atenção e logo em seguida o D2-R. Aplicar no intervalo do RAVLT (teste de memória e aprendizagem verbal) algum teste de linguagem (fluência verbal). Fique atento a isso.

  1. Avaliação neuropsicológica tem que avaliar a psiquê humana também!

Independente da abordagem que siga, não deixe de avaliar a personalidade, rotina, padrões de funcionamento emocionais e aspectos sociais. Há questionários e testes psicológicos que podem auxiliar nessa investigação.

  1. Conclusão é um quebra-cabeça montado

Imagine a análise final como um quebra-cabeça que vai juntar história de vida + personalidade + funções cognitivas para chegar nas hipóteses diagnósticas e não esqueça de falar das orientações.

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