Neuropsicos que estão no início da carreira costumam ter dúvidas sobre o processo de avaliação, principalmente na seleção de instrumentos que podem auxiliar na investigação. Por isso separei cinco dicas práticas que podem te poupar tempo e energia!
- Faça uma boa anamnese!
Conhecer bem o processo de desenvolvimento humano ajuda para compreender e guiar as perguntas. Procure pensar como uma linha do tempo da vida do avaliado, como fases específicas (primeira e segunda infância, adolescência, jovem adulto, adulto e idoso) com nuances que podem ser essenciais para uma hipótese diagnóstica. Entenda o histórico familiar e rotina do paciente! Principalmente o momento em que as queixas aparecem e quais impactos elas geram no dia a dia.
No caso de avaliações infantojuvenil, o relato da escola além dos principais responsáveis que convivem com a criança também é de suma importância.
Parece obvio, mas não esqueça de estar bem atento a esse processo porque é ele que vai te ajudar na conclusão do relatório.
- Comece a testagem com avaliação da Inteligência
Por ser uma função mais complexa, os instrumentos tendem a abarcar várias funções para conseguir mensurar a inteligência. Então além de medir o raciocínio, ajuda a entender onde o paciente já tem dificuldade. No momento o Brasil possui vário instrumentos validados pelo SATEPSI que atendem quase todas as idades (exceção faixa etária acima dos 89 anos).
Dicas de testes de rastreio clique aqui
- Não faça testes que avaliam ou utilizam a mesma função cognitiva no mesmo dia.
Paciente pode apresentar cansaço ou pode dar interferência no resultado. Exemplos: Aplicar o Rotas de Atenção e logo em seguida o D2-R. Aplicar no intervalo do RAVLT (teste de memória e aprendizagem verbal) algum teste de linguagem (fluência verbal). Fique atento a isso.

- Avaliação neuropsicológica tem que avaliar a psiquê humana também!
Independente da abordagem que siga, não deixe de avaliar a personalidade, rotina, padrões de funcionamento emocionais e aspectos sociais. Há questionários e testes psicológicos que podem auxiliar nessa investigação.
- Conclusão é um quebra-cabeça montado
Imagine a análise final como um quebra-cabeça que vai juntar história de vida + personalidade + funções cognitivas para chegar nas hipóteses diagnósticas e não esqueça de falar das orientações.
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