A atenção é uma função cognitiva essencial para selecionar e focar em atividades específicas, auxiliando na aprendizagem e na memória.
Atenção é a capacidade de selecionar uma atividade, isolando os estímulos do ambiente (na Psicologia refere a todo processo que está fora do funcionamento cognitivo). É um mecanismo de seleção, como uma lente que mostra apenas um ponto específico, separando os objetos ao redor. É uma função superior que pode ser direcionada conscientemente se estimulada de forma adequada.
Na literatura não tem um consenso de tipos de atenção, varia de atenção voluntária/ involuntária (Luria, 1979) a tipos de sistemas atencionais (Posner and Petersen, 1990). Didaticamente, vou utilizar a definição de Miotto (2015) e dividir em quatro tipos: atenção Sustentada, atenção Alternada, atenção Seletiva e atenção Dividida.
Atenção Sustentada – é um estado de prontidão para identificar e responder a estímulos por período prolongado de tempo. Por exemplo: Ler um livro, ver filmes/vídeos, jogar vídeogame.

Atenção Alternada – é a capacidade de alternar, atender a duas ou mais fontes de estimulação alternadamente, ou seja, desengajar foco de um estímulo e engajar em outro. Por exemplo: cozinhar, praticar esportes como futebol.

Atenção Seletiva – refere-se à habilidade de direcionar e manter a atenção em uma determinada fonte de estímulo, ignorando estímulos não relevantes. Por exemplo: ouvir música, costurar.
Atenção Dividida – capacidade de manter foco a dois ou mais estímulos ao mesmo tempo, simultaneamente. Cuidado para não confundir com a atenção alternada. Por exemplo: dirigir, almoçar e responder mensagens no celular, etc.

Graças a atenção, é possível focar para iniciar uma atividade e concluí-la. Ela é importante para todo o processo de aprendizagem, pois filtra as informações do ambiente e manda essas informações para a memória armazenar. Por isso é importante fazer uma avaliação da atenção para queixas de memória, pois a informação pode não está chagando com qualidade e dificultando o processo de armazenamento mnemônico.
Infelizmente, esta função é sensível e sofre impacto quando a saúde emocional não está boa. E os cenários de incertezas ou adoecimento podem potencializar pensamentos ansiosos e depressivos que dificultam a concentração. Saliento que existem déficits de atenção que são alterações orgânicas do cérebro, como TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). E, que os aspectos emocionais só os potencializam e não são “a causa”.
Dicas que podem auxiliar na concentração:
- Organize suas atividades, saiba delimitar prioridades;
- Depois escolher apenas uma atividade, faça o passo-a-passo para verificar as etapas são necessárias para cumpri-la. Execute uma por vez!
- Delimite um horário do dia para a atividade. O cérebro se beneficia de uma rotina bem estabelecida;
- Evite fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo. Muitos estímulos no ambiente facilitam a distração;
- Respeite seu ritmo. Faça as atividades que você sabe que irá conseguir terminar. Não coloque metas irrealistas;
- Faça uma algo que goste após terminar a atividade do dia. Merecido, né?
Observação importante! Não conseguiu utilizar as dicas? Calma. Entenda o que dificultou a execução da tarefa e se reorganize para o dia seguinte. Se ainda estiver difícil, procure um terapeuta para avaliar suas dificuldades.
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Abraços,
P.s.: Esse post pode ser atualizado de acordo com o desenvolvimentos dos estudos do tema.
Referências bibliográficas:
Miotto, E. C. (2017). Neuropsicologia. Rocca Editora.
Miotto, E. C. (2015) Reabilitação neuropsicológica e intervenções comportamentais. Rocca Editora. Franco de Lima, Ricardo. (2005). Compreendendo os Mecanismos Atencionais. Ciências & Cognição, 6(1), 113-122
